Mouratoglou: «Se Federer é o melhor de sempre, Djokovic é o mais forte»
A nova temporada está aí e com ela chegam-nos a análise e as previsões de alguns do mais entendidos comentadores da modalidade. Patrick Mouratoglou, que acumula as funções de treinador de Serena Williams, comentador televisivo e proprietário de uma das mais prestigiadas academias de ténis do mundo, faz a ponte entre o que de mais significativo aconteceu em 2018 e o que de mais entusiasmante se pode ver em 2019, sublinhando o grande momento de Novak Djokovic.
“O regresso do Nole ao trono do ténis mundial é um dos acontecimentos mais notáveis do ano de 2018”, escreveu o treinador francês na coluna que assina no jornal Le Figaro. “Era previsível e imprevisível. Imprevisível porque mentalmente ele estava ausente. A sua equipa deu lugar a Pepe Imaz, uma personalidade controversa. Separado da sua equipa, ele perdeu a sua alma de jogador que tinha. Parecia que não tinha o mesmo interesse nos encontros, e antes vivia-os a 100 por cento”, apontou Mouratoglou.
“Mas o seu regresso ao topo também era previsível, porque a queda foi provocada pela mudança do seu estado mental. A questão que se colocava era se esse novo estado seria temporário ou temporário. Seria de prever que se o guerreiro Nova voltasse, os resultados viriam também. E foi o que aconteceu. Regressou à sua antiga equipa e voltou a entrar com mais vontade nos torneios”, acrescentou.
Para o treinador gaulês, Djokovic terá o circuito aos seus pés se continuar a caminhada que recomeçou a meio da temporada de 2018. “Novak domina o mundo do ténis quando está no seu melhor. Se o Federer é o melhor de sempre, Novak é o mais forte”, rematou.