Mouratoglou e o coaching na final Serena vs Osaka: «Se me arrependo? Não. Se voltaria a fazer? Sim, a 100%»
A enorme polémica entre Serena Williams e Carlos Ramos na final do Open dos Estados Unidos do ano passado ainda é um dos temas bastante presentes em todos aqueles que marcam presença no torneio – árbitro português nem sequer pode arbitrar jogos da norte-americana.
Patrick Mouratoglou, treinador de Serena e que fez coaching na célebre final frente a Naomi Osaka, recordou toda a situação e voltou a referir que deveria ser permitida a comunicação entre treinador e jogador. “No papel não é autorizado mas toda a gente faz coaching. Não vamos dizer toda a gente porque isso nunca é, mas vamos dizer 90%. Vês todos os dias em todos os courts e toda a gente sabe disso. Os árbitros de cadeira são muito simpáticos com isso e não se importam muito com isso”, referiu o francês.
“Quando o coaching é muito óbvio eles dizem para termos mais cuidado. E depois somos mais discretos, é o que acontece todos os dias. Por que é que um jogador deve despedir um treinador por receber um warning devido a isso? Não faz sentido para mim”, admitiu.
Foi então que Mouratoglou disse que não se arrepende de nada do que fez na final. “Se eu me arrependo? Não, de todo. Não fiz nada de mal, apenas fiz o que todos os treinador fazem. Geralmente nunca o faço. Por isso foi extremamente injusto, porque o Carlos Ramos penalizou alguém que sabe que não costuma fazer. Fiz isso uma vez. Ninguém recebe um warning há primeira vez”, atirou o gaulês.
“Se me arrependo? Não, sentia que ela estava perdida naquele momento e tentei ajudá-la, fazendo coisas que todos costumam fazer no ténis. Se voltaria a fazer a mesma coisa amanhã? Sim. A 100%. E se fosse penalizado novamente, acho que seria na mesma injusto.