Kyrgios pensou em deixar de jogar (sabe-se lá até quando) depois do Australian Open
Chega a Portugal não tarda, para tentar concluir o que deixou pendurado em 2015, quando perdeu na final do Millennium Estoril Open para Richard Gasquet, mas, na verdade, Nick Kyrgios podia estar com os pés e a cabeça bem longe dos court neste momento.
É que o australiano de 21 anos lidou tão mal com a derrota na segunda ronda do Open da Austrália, no arranque da temporada, que chegou a pensar em arrumar a raquete “até sabe-se lá quando”, conforme confessou após a passagens aos quartos-de-final em Miami, esta terça-feira, com um triunfo sobre David Goffin.
“Depois do Open da Austrália fiquei muito mal”, revelou. “Apesar de nenhum outro Open da Austrália me ter corrido bem, senti que o país ficou todo contra mim depois da minha derrota [frente a Andreas Seppi]. Não queria jogar durante algum tempo. Queria fazer uma pausa durante sabe-se lá quanto tempo. Falei com a minha equipa e disse-lhe, ‘não consigo jogar mais’. Felizmente que a minha família me apoiou e me ajudou a ultrapassar esse momento difícil”.
Os tempos, agora, são outros. O número 16 mundial segue expedito em Miami depois de ter alcançado os quartos-de-final em Indian Wells, com uma vitória sobre Novak Djokovic. Antes disso, chegou às meias-finais em Acapulco, no México, onde também derrotado o número dois mundial, e às meias-finais em Marselha, França. O segredo está no poder da mente.
“Agora estou mais forte mentalmente. Estou a tentar lutar por cada ponto e ter uma mentalidade forte. Estou a trabalhar muito a parte mental nos treinos”. Dessa firmeza vai precisar no que se avizinha no Masters 1000 de Miami, já que o seu próximo é o perigoso e destemido Alexander Zverev, a quem, curiosamente, derrotou pela primeira vez há menos de duas semanas, em Indian Wells.