Kicker lembra dos três anos de suspensão: “Foi tão difícil contar ao meu filho”
Nicolas Kicker se tornou famoso pelos piores motivos. Em 2018, pouco depois de entrar no top 100 e de estrear na Copa Davis, o argentino foi condenado a três anos de suspensão devido à manipulação do resultado de um jogo em um Challenger em 2015, quando tinha dificuldades financeiras. Kicker aceitou o castigo imediatamente e fez todo o caminho para voltar, sendo já número 198 do mundo neste momento. No entanto, ele não esquece a dureza do momento em que teve que reconhecer o que fez.
“Foi tão difícil contar tudo ao meu filho, mas tive que contar. Expliquei de forma graciosa por que é que não jogava e ele aceitou bem, não tem maldade. Dos outros jogadores só recebi palavras de apoio e boas intenções”, confessa ao La Nación, relembrando que teve oportunidade de treinar com tenistas como Diego Schwartzman, Guido Pella e Pablo Cuevas enquanto não podia competir.
Kicker reconhece que houve muitos momentos complicados também a nível financeiro, tendo em conta a inflação mundial, mas acima de tudo está feliz por ter uma nova chance. “A vida deu-me uma segunda oportunidade. Estou agradecido por voltar a fazer o que amo, gosto de competir. Sem ser Djokovic, que é uma máquina, somos todos mortais. Não quero perder isto”, destacou.
Durante esta caminhada, vale notar um episódio curioso que o próprio tenista lembrou. Kicker teve que “descer” aos torneios do ITF World Tour, sendo que a final que jogou em Villa María, na Argentina, não foi transmitida no site da ITF. Porquê? Porque Kicker foi colocado em lista de gestão de riscos, o que fez com que o encontro não pudesse ser divulgado diretamente.
Um dos jogos mais recentes do argentino foi ao lado do brasileiro Thiago Wild na primeira rodada de Córdoba. Eles perderam para a dupla francesa Sadio Doumbia/Fabien Reboul.