João Zilhão: «Federer vinha ao Estoril a preço de amigo»
João Zilhão, diretor do Millennium Estoril Open, deu uma longa entrevista ao jornal “Record” para o suplemento especial do jornal desta quinta-feira sobre o torneio, e confessou que ficou naturalmente desapontado por não poder trazer Roger Federer, o seu jogador preferido de todos os tempos, ao seu evento. Até porque, garante, ele viria… a preço de amigo!
“Roger Federer é talvez o meu jogador preferido de todos os tempos e acho que tem uma enorme legião de fãs em Portugal. É uma figura muito carismática e é sempre uma mais-valia para qualquer torneio. Federer vinha a Portugal em condições muito especiais. Quando um diretor de um torneio oferece um wild card geralmente não tem de gastar tanto dinheiro porque se trata de uma contratação de última hora e grande parte do orçamento está afeto a outros jogadores. Para o Federer se pagar a si próprio é preciso capitalizar o seu nome 6 ou 7 meses antes do evento, através de mais patrocinadores, bilheteira, direitos televisivos e venda de camarotes. Numa situação de última hora, a contratação do Roger Federe seria a um preço de amigo”, admite o empresário.
Zilhão confessa que vários top 10 não querem jogar na semana do torneio português e admite a importância de ter cá um. “Houve casos de jogadores do top 10 que pura e simplesmente não queriam jogar nessa semana e não havia um cheque que os trouxesse porque queriam descansar. E também não vão jogar em Munique ou em Istambul, torneios que se disputam na mesma semana. Era um desejo muito grande do torneio contar este ano com um membro do top 10 mundial. Havia bastante pressão nesse sentido por parte de muita gente, incluindo patrocinadores.”