Já não há portuguesas em singulares no 2.º Óbidos Ladies Open
Não há qualquer portuguesa nos oitavos de final do 2.º Obidos Ladies Open, torneio da Federação Internacional de Ténis (ITF), a contar para o ranking mundial (WTA), de 25 mil dólares em prémios monetários, cuja primeira ronda terminou esta quarta-feira na Bom Sucesso Tennis Academy.
Três portuguesas figuravam no quadro principal de singulares, graças a wild cards atribuídos pela Federação Portuguesa de Ténis, em colaboração com o diretor de torneio, Nuno Mota, e todas ficaram pelo caminho. Esta quarta-feira, foram afastadas Rita Pinto e Maria João Koehler, jogadoras com estatuto bem distinto.
Pinto, de apenas 17 anos, nunca esteve classificada no ranking de singulares, só em pares, e é a atual vice-campeã nacional de sub-18. Procura ainda ganhar experiência internacional e soçobrou diante da alemã Vivian Heisen, de 24 anos, 346.ª no ranking, por 6-2 e 6-0, em uma hora de jogo, num encontro em que houve 17 duplas-faltas!
Pelo contrário, Maria João Koehler é provavelmente a segunda melhor tenista portuguesa de sempre, mas hoje em dia surge apenas no 727.º posto do ranking mundial e desde que regressou à competição, após algumas lesões, ainda só venceu dois encontros, tendo perdido oito, em torneios da ITF.
Esta quarta-feira, a ex-hexacampeã nacional caiu frente à 5.ª cabeça de série, a espanhola Olga Saez Larra (259.ª), de 23 anos, por 6-4 e 6-1, em 79 minutos. Foi o terceiro confronto entre ambas e a portuguesa tinha ganho os dois anteriores, em 2011, sempre em hardcourts. Para a espanhola, apesar de estar agora melhor classificada no ranking, foi uma boa vitória. O primeiro set acabou por revelar-se fundamental dado que a jogadora da seleção nacional da Fed Cup teve hipóteses de vencê-lo.
Falta ainda o torneio da próxima semana, o último desta série de três nos courts de relva sintética da Bom Sucesso Tennis Academy e MJK, lúcida, sabe fazer o diagnóstico: “Sinto que ainda me falta ritmo competitivo. Ainda não joguei muitos torneios este ano. Há também uma certa ansiedade inerente à competição, são coisas a trabalhar. Preciso de fazer muitos encontros. É diferente fazer só um por semana ou uns três ou quatro. Há também a questão da confiança, para ser mais corajosa nos pontos importantes e hoje se calhar faltou um pouquinho isso. Senti-me presa, muito descoordenada. Tenho que saber minimizar isso”.
O 2.º Obidos Ladies Open prossegue esta quinta-feira, já sem portuguesas em singulares, com o início dos oitavos de final a partir das 10 horas, em três courts.