Herbert ao lado de Djokovic: «Ser livre é mais importante do que ser tenista»
Novak Djokovic foi impedido de disputar o Australian Open ao ser deportado da Austrália, mas o primeiro tenista que sacrificou um torneio do Grand Slam por não estar vacinado foi Pierre-Hugues Herbert. O francês anunciou logo bem cedo que nem ia viajar para a Austrália por ter optado não se vacinar, aceitando essas consequências, pelo que se mostrou solidário com a posição que o sérvio deixou bem clara numa entrevista em que admite deixar escapar a luta para ser o melhor de sempre.
“Acho que nos dão uma educação para que possamos tomar decisões próprias nas nossas vidas. A escola devia servir para nos fazer pessoas com pensamento crítico, capazes de estabelecer o que queremos para nós mesmos com toda a liberdade. Somos sortidos por viver em países onde a liberdade individual é uma garantias, para mim, isso está acima de tudo. Ser livre é mais importante do que ser tenista”, disse ao L’Équipe.
Herbert reforçou que também se sacrificou por falhar o Australian Open, mas que não se arrepende. “Renunciei a ir a Melbourne mesmo sabendo que tinha uma grande oportunidade de ganhar o título de pares com Mahut. Por isso, identifiquei-me muito com a entrevista que o Novak deu”, acrescentou.
Herbert falou ainda do respeito que mantém por Djokovic se manter firme, embora admita que as coisas podem mudar. “É muito importante o facto de estar esclarecido que esta é a sua visão atual, pelo que não tem de ser para sempre, pode mudar. A verdade é que sinto grande respeito por ele por ser capaz de deixar de lado a possibilidade de ser o melhor da história por causa das suas convicções num assunto não desportivo”, sentenciou.