Gustavo Kuerten condenado a pagar multa milionária
Dono de uma carreira e de um palmarés invejáveis, Gustavo Kuerten tem sido obrigado a olhar para os seus anos de jogador de uma perspectiva pouco gloriosa por estes dias. O tricampeão de Roland Garros foi condenado esta quarta-feira a pagar uma multa de 7 milhões de reais (quase 2 milhões de euros), ao ser acusado de ter criado uma empresa para fugir aos impostos entre 1999 e 2002.
O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) defende que o ex-número um mundial devia ter sido tributado como pessoa física e não como pessoa jurídica. Ainda que os seus direitos de imagem fossem detidos pela Guga Kuerten Participações e Empreendimento, empresa comandada por seu irmão Rafael Kuerten, Guga devia ter sido tributado em 27,5 por cento ao invés de 20 por cento.
A decisão deixou o brasileiro de 40 anos naturalmente descontente. “É lamentável”, começou por escrever Kuerten no comunicado divulgado por si esta quinta-feira. “Se eu quisesse utilizar a pessoa jurídica simplesmente para ter beneficio fiscal, seria muito mais fácil ter ido morar fora do Brasil, fixado residência em Monte Carlo ou qualquer outro país com isenção fiscal e me livrado de pagar qualquer imposto”.
Inconformado, Guga promete recorrer da decisão: “vamos seguir com o processo judicial, lutando por esta causa, acreditando que tudo o que fizemos serve de exemplo para qualquer atleta que queira construir uma carreira de sucesso”.