Finalista de 2016 confirma regresso ao Millennium Estoril Open
A organização do Millennium Estoril Open anunciou esta sexta-feira que Pablo Carreño-Busta voltará ao Clube de Ténis do Estoril, entre 29 de Abril e 7 de Maio, com o objectivo de fazer ainda melhor, após ter sido semifinalista em 2015 (perdeu com Nick Kyrgios) e finalista em 2016 (sucumbiu diante de Nicolás Almagro).
O vice-campeão de 2016 tem razões para estar confiante, já que volta com a experiência de saber o que é triunfar no ATP World Tour. A experiência adquirida na equilibrada final diante de Nicolás Almagro ajudou-o a ganhar dois títulos nos meses seguintes, curiosamente em hardcourts após os desaires no encontro decisivo na terra batida de São Paulo e do Clube de Ténis do Estoril.
O primeiro surgiu em Agosto, em Winston-Salem (EUA), onde derrotou dois adversários do top 20: Pablo Cuevas (que lhe tinha ganho em São Paulo) e, noutra longa final, Roberto Bautista-Agut, através dos parciais de 6-7 (6/8), 7-6 (7/1) e 6-4, num encontro de duas horas e meia em que só se registou um break. Dois meses mais tarde, em Moscovo, o tenista Asturianoconquistou um segundo troféu do ATP World Tour ao vencer Fabio Fognini no derradeiro encontro da Kremlin Cup. Tal como na final de Winston-Salem, cedeu o primeiro set, mas continuou a lutar até virar o encontro a seu favor, naquela que é uma das duas imagens de marca. Aliás, três dos encontros por ele ganhos em Moscovo foram em três sets.
Com dois títulos, Pablo Carreño-Busta igualou os compatriotas Rafael Nadal e Bautista-Agut no número de títulos conquistados na época passada, e elevou para 10 o número de triunfos de tenistas espanhóis no ATP World Tour, o máximo em termos de países em 2016.
Este ano, a crescente maturidade de Pablo Carreño-Busta ficou bem visível no último domingo, quando foi chamado a disputar o quinto e decisivo encontro da difícil eliminatória da Taça Davis, na Croácia. E o tenista espanhol não desiludiu os compatriotas e a “afición”, derrotando Nikola Mektic, por 7-6 (7/4), 6-1 e 6-4, e colocando a Espanha nos quartos-de-final do Grupo Mundial – defrontando a Sérvia, de Novak Djokovic, três semanas antes do início do Millennium Estoril Open.
Nascido em Gijón há 25 anos, mas a residir em Barcelona, Pablo Carreño-Busta é o mais jovem espanhol no top 100 do ranking ATP (é preciso descer ao 144.º posto para encontrar um compatriota mais novo) e figura actualmente no 25.º lugar, a sua melhor classificação até ao momento. Um posto que reflecte os excelentes resultados alcançados nas últimas 52 semanas.
Mas as suas façanhas não se resumem ao singulares. Em 2016, Pablo Carreño conquistou igualmente dois títulos em pares: em Pequim (ao lado de Nadal) e Quito (com Guillermo Duran). Foi ainda quatro vezes finalista nessa variante, com destaque para o US Open, ao lado do compatriota Guillermo Garcia-Lopez (com quem formou a primeira dupla não cabeça de série a chegar tão longe no Grand Slam norte-americano desde 2000), perdendo somente para uma das melhores duplas do mundo, formada por Jamie Murray e Bruno Soares. Este ano, Carreño e Garcia-Lopez cimentaram a posição no top 10 da variante, ao atingir as meias-finais do Open da Austrália. Individualmente, Pablo Carreño chegou à terceira ronda, saindo de Melbourne Park com o seu melhor ranking de carreira.