Porque é que Djokovic se veste da cor do court (não diga que ainda não tinha reparado)?
Pronto para um teste? Aqui vai: qual era a cor do equipamento de Novak Djokovic no Open da Austrália 2015? E na edição de 2016? 2017, já agora? No Masters 1000 de Madrid de 2015 ou no ATP Finals de 2011? Em Paris-Bercy, há três anos, ou em Roland Garros, no ano passado, quando se fundiu com o pó-de-tijolo na hora de celebrar o único título do Grand Slam que estava em falta no seu palmarés?
Mais eficaz do que ‘googlar’ (por aqui já houve quem o fizesse – porque não, ‘ainda não tinha reparado’) é pensar na cor que predomina no court de cada um dos torneios. É que o sérvio de 30 anos faz por não destoar do chão que pisa, tal como confessou à revista “Life Beyond Sport”, na qual surge na capa – vestido de branco, a fazer total pandã com os tons neutros da publicação.
“Psicologicamente, a cor que visto é muito importante”, disse o campeão de 12 títulos do Grand Slam. “Gosto da ideia de camuflagem, e tento sempre escolher uma cor que se aproxime dos tons do court. Isso faz-me sentir em harmonia, alinhado e conectado com o court e o seu piso”.
“O ténis é um desporto dinâmico e rápido: tudo acontece num piscar de olhos, portanto preciso de me sentir parte dele. O que visto no court é importante. Influencia a forma como me sinto e a energia que me rodeia”, referiu o embaixador da Lacoste, que vai marcando presença em Paris, esta quarta-feira, no desfile da marca francesa que usa o nome de René Lacoste, lenda do ténis francês que actuou nos anos 20.
“Lembro-me de ouvir algo que o Lacoste disse e que retive: ‘jogar e ganhar sem estilo não é suficiente’. Estava a referir-se não apenas à moda, mas também à personalidade e ao comportamento correcto a ter no court. Eu acredito nisso”, sublinhou Djokovic, que tem agendado para janeiro de 2018 o regresso aos courts.