Djokovic: «Não concorri para voltar ao Conselho de Jogadores, mas outros tenistas meteram lá o meu nome»
Continua agitada a semana de ténis no que à ‘política’ diz respeito. Novak Djokovic, co-presidente da nova associação de tenistas (PTPA), confirmou esta quarta-feira que o seu nome vai a votos para reentrar no Conselho de Jogadores, do qual se demitiu em agosto, mas nega que tenha sido ele a propor-se para a eleição. Djokovic assegura que tanto ele como o canadiano Vasek Pospisil foram colocados a votos… pelos seus colegas de profissão.
“Eu fui nomeado por outros jogadores e é assim que as coisas funcionam no Conselho de Jogadores. Não concorri proativamente ao lugar, nem o Vasek, mas fomos nomeados por outros tenistas. Para mim isso é um ótimo sinal. Sinto-me honro e responsável por representar os meus colegas. Não vejo qualquer conflito entre o meu papel na PTPA e a possibilidade de reintegrar o Conselho de Jogadores. Não via em agosto e não vejo agora”, esclareceu o sérvio de 34 anos.
Djokovic prosseguiu numa (longa) explicação e atirou-se… à imprensa. “Aceitei a nomeação. É uma responsabilidade. Entretanto, foi aprovada uma nova regra que impede qualquer jogador que esteja noutro organismo a integrar o Conselho, o que é muito desapontante, até porque não fui consultado sobre isso por ninguém. Sempre fui transparente convosco e sempre vos expliquei que para mim não havia quaisquer questões legais entre a PTPA e o ATP. A PTPA foi fundada porque os jogadores sentem que nunca nenhuma organização ligada ao ténis, no presente ou no passado, representou realmente os jogadores. Nós queremos colaborar com o ATP. Mas a nova lei aprovada por eles é uma mensagem forte de que eles não contam connosco. Perante esta atitude do ATP, teremos de repensar a nossa estratégia. O que lamento é que estas questões políticas sejam constantemente notícia para me atacar. O que interessa é escrever que o Djokovic é hipócrita.”