Diogo Rocha: «Sempre ambicionei estar ao lado dos melhores»
Foi em Espanha que Diogo Rocha escreveu mais uma página na história do padel português. O jogador natural do Porto colocou, pela primeira vez, a bandeira nacional no quadro principal de um Open do World Padel Tour (WPT), no caso no Abanca Ciudad de A Coruna Open.
Ao lado do seu habitual parceiro no WPT, Andoni Bardasco, Diogo Rocha passou a fase prévia com distinção e só foi eliminado pela dupla constituída pelo argentino Franco Stupaczuk e o brasileiro Marcello Jardim, dois jogadores do top-20 do “ranking” mundial. O encontro ficou decidido em dois sets, por 6-3 e 6-4, mas Rocha, com a ajuda de Bardasco, elevou mais uma vez a fasquia do padel português no circuito internacional.
Bola Amarela (BA): Mais um episódio na história da padel português e escrito pela mão do Diogo, com o acesso ao quadro principal de um Open do World Padel Tour. Foi uma grande surpresa ou já havia um ‘feeling’ de que esta qualificação estava ao vosso alcance?
Diogo Rocha (DR): Quando comecei esta época tinha como objetivo entrar com mais frequência nas fases prévias dos torneios do WPT. Mas, como a época começou a correr tão bem, começámos a achar, eu e o Andoni, que podíamos entrar num quadro principal. Esse sempre foi o sonho e já tinha estado perto umas vezes, mas infelizmente perdíamos sempre na ronda de acesso. Neste torneio sentimos que era possível, sabíamos que seria muito difícil, mas sinceramente acreditávamos que podia ser desta. E foi!
BA: Foi mais emocionante do que no Lisboa Challenger, embora este fosse um torneio de categoria inferior?
DR: Em Lisboa foi mais emocionante, apesar de ter sido um challenger. Estava a jogar em Portugal e havia tantos portugueses a apoiar… Mas esta qualificação para o quadro principal do WPT Abanca Ciudad de A Coruna Open também foi muito emocionante. Afinal foi a realização de um sonho que tinha desde que comecei a jogar padel. Sempre ambicionei, um dia, estar ao lado dos melhores do mundo.
BA: Serviu este resultado em Espanha como uma espécie de injeção de moral para o Campeonato do Mundo?
DR: Sem dúvida. A época já vai longa e estes resultados são sempre importantes para motivar e continuar a trabalhar, cada vez mais e melhor, para chegar ao mundial na melhor forma possível.
BA: A parceria com o Andoni está a resultar muito bem. Pode dizer-se que foram sido feitos um para o outro?
DR: (risos) Não sei, tivemos um tempo e habituação um ao outro e penso que agora estamos num bom momento. Os nossos estilos de jogo complementam-se bem.
BA: O Diogo tem andado nas últimas semanas a jogar com algumas limitações físicas. Do que se trata?
DR: A verdade é que nos últimos torneios, para além de me sentir muito cansado, na sequência do elevado número de jogos e de muitas viagens, tenho uma inflamação no tendão de aquiles. Tenho tido alguns cuidados para chegar ao Mundial a cem por cento.
BA: Essa recuperação é possível e teremos o melhor Diogo no Mundial?
DR: Acredito que sim. Vou estar a cem por cento!