Davidovich: «Quero ser notícia pela vitórias mas também pelos ‘hot shots’»
Alejandro Davidovich Fokina, o campeão de Wimbledon juniores em 2017, de 19 anos, tem feito um percurso interessante no circuito Challenger em 2019. Na última semana, por exemplo, só perdeu nos oitavos-de-final de Alicante com Pedro Sousa, em três sets, num encontro em que até tentou… servir por baixo.
Em entrevista ao ‘Punto de Break’, Davidovich confessou a componente espetáculo do seu ténis é algo a que dá muito valor. “Tenho uma espécie de loucura interna, mas estamos a trabalhar para que essa loucura funcione a meu favor. Temos de moderá-la. Sou bastante imprevisível dentro do court, mas nos pontos importantes tento deixar a loucura de lado e ser consistente. Gosto de Kyrgios, Fognini ou Dolgopolov: jogadores em relação aos quais nunca sabes o que vão fazer na pancada seguinte. Gostava de um dia ser notícia pelos meus resultados, mas também pelos ‘hot shots'”.
Davidovich tem acompanhamento de psicólogo desde muito jovem. “Ajuda-me a ser menos louco. Sem ele, não estaria onde estou hoje. Uma vez quando era juvenil fiz mais de 90 amortis num encontro. Perdi-o, mas pelo menos bati um recorde. Sou um pouco doido, de facto”.
Com antepassados suecos e russos, como o nome ajuda a perceber, Davidovich não tem dúvidas sobre a sua identificação com a cultura espanhola. “Sou todo eu espanhol. Nasci em Málaga, fui criado com miúdos espanhóis, estudei num colégio espanhol. Em court tenho um estilo diferente, mas isso não tem nada a ver com o meu sangue russo e nórdico.”