Correjta: «Alcaraz fez um enorme esforço e o seu 2022 foi quase um milagre»
Ex-número 2 do mundo e duas vezes vice-campeão de Roland Garros, o espanhol Alex Corretja analisou o final de temporada do compatriota Carlos Alcaraz, que com apenas 19 anos, venceu o US Open em setembro , tornando-se no mais jovem número 1 do Mundo masculino na história do ranking ATP, o que acabou por lhe custar fisicamente na ponta final do ano, falhando as ATP Finals e das Davis Cup Finals. As declarações foram ao Eurosport.
ESFORÇO INTENSO DURANTE TODO O ANO…
“O esforço feito pelo Alcaraz foi imenso, chegando ao ponto em que era quase impossível não se lesionar. Ele deu um grande salto que lhe saiu do corpo. É muito difícil de lidar com isso. Tudo isto é uma lição para ele, que está a aprender e tem uma equipa ao seu redor que sabe exatamente o que é preciso para estar no topo”.
EQUIPA TAMBÉM TEM DE APRENDER COM A EXPERIÊNCIA
“Eles também devem aprender como o corpo do Carlos reage aos encontros com a intensidade necessária para estar no topo e sua vontade de manter o primeiro lugar. Não acho que o que aconteceu seja surpreendente. É lógico, para mim, que fique exausto no final de uma temporada como esta. O mais importante é que vai terminar o ano como número 1 ou 2 do mundo e que ganhou um Grand Slam.”
IMPORTANTE UM CALENDÁRIO INTELIGENTE
“O esforço do US Open veio com uma conta a pagar. Alcanças o objetivo de uma vida, o sonho de se tornar o número 1 do mundo e de ganhar um Slam, mas as semanas seguintes são automaticamente as mais difíceis de lidar. Ele jogou a Davis logo de seguida, depois foi para um torneio muito longe (Astana), com um longo voo. Temos que lembrar que o que Alcaraz fez é quase um milagre porque lutar para conquistar tudo o que ele conseguiu com apenas 19 anos, ninguém nunca tinha feito isso antes. Estou convencido de que em 2023 será tratado de forma diferente”.