Benoit Paire triunfa sob os holofotes do CT Estoril
Benoit Paire foi o último jogador a entrar em court nesta quarta-feira, e o último a estrear a terra batida do Clube de Ténis do Estoril, mas o lugar nos quartos-de-final do Millennium Estoril Open 2016 ninguém lho tira. O número 21 mundial e terceiro cabeça-de-série bateu Kyle Edmund por 6-7(4), 6-3 e 6-3.
Depois de ter deixado escapar o primeiro parcial diante do jovem britânico, o gaulês de 26 anos entrou no segundo set determinado a tornar o último derradeiro encontro da sessão noturna, que foi também o último encontro da jornada, e não permitiu que o seu adversário conquistasse mais do que dois jogos.
Um encontro com altos e baixos, talvez justificado pelo facto de ser a primeira vez do francês no Estoril, dado que só aterrou em Portugal esta quarta-feira: “Depois de Barcelona estava um pouco lesionado. Senti qualquer coisa na minha perna e quis fazer um exame em Paris. Pedi para só jogar na quinta-feira mas não era possível, por isso fiz o melhor, ontem passei no exame e apanhei o voo hoje. A minha perna está bem por isso posso jogar mas estava algo nervoso no início e não queria fazer muito nem arriscar, mas depois comecei a sentir-me melhor. Foi um bom encontro, o Kyle é um bom jogador e perdi contra ele no ano passado. Sinto que é uma boa vitória.”
Nos quartos-de-final, Paire, que visita pela segunda vez Portugal, depois de ter alcançado a segunda ronda no Portugal Open 2013, vai medir forças com o espanhol Guillermo Garcia López, quinto pré-designado e semifinalista na edição do ano passado e um adversário bastante conhecido para o francês:
“O Guillermo Garcia Lopez é um bom jogador. Já joguei contra ele muitas vezes. Já lhe ganhei mas também já perdi, mas sinto-me confiante. Nas últimas três semanas joguei muito bem. Fiz um bom torneio em Monte Carlo, e depois em Barcelona. Sinto-me bem, só preciso de treinar mais um pouco para me sentir melhor em court.”
No camarote do francês durante o encontro estava José Ricardo Nunes, algo explicado por Benoit Paire após a vitória: “Conheço alguns jogadores porque quando era mais novo e jogava Futures, adorava jogar aqui em Portugal porque havia muitos torneios, e era bom para mim porque não era muito caro. Por isso é que conheço jogadores como o José Ricardo Nunes. Joguei várias vezes contra ele, assim como contra o Pedro Sousa. É bom poder voltar a Portugal e jogar um ATP 250.”
Quanto a prognósticos para o título do torneio, para Paire a probabilidade de outro francês vencer é alta: “Espero ser o próximo [francês a vencer o torneio], mas também temos o Giles Simon , por isso vai ser duro. Para mim o mais importante é ganhar jogo a jogo. Sinto-me bem, e acho que tenho uma hipótese de vencer o torneio. Se puder vencer, irei vencer, mas vai ser sempre um jogo duro.”