Almagro: «Se não fossem a minha mulher, irmãos e pais não voltava a competir»
Nicolas Almagro, ex-top 10 mundial e atual 71.º classificado da hierarquia ATP, foi campeão este domingo da segunda edição do Millennium Estoril Open. Apesar do triunfo diante do compatriota Pablo Carreño Busta, por 6-7(6), 7-6(5) e 6-3, Almagro confessou que o encontro foi decidido nos pormenores.
“Acho que o final do encontro se decidiu por detalhes, e dizer que foi apenas pelo serviço não é correto. Houve momentos de tensão, de ténis muito bom e de ténis não tão bom. Foram quatro anos sem vencer, dois anos com lesões praticamente o ano todo a pensar em recuperar e a voltar. Não estava a encontrar regularidade e sabia que se trabalhasse ia acabar por conseguir voltar a ganhar títulos”, resumiu o espanhol, natural de Múrcia.
“As pessoas valorizam-se nos momentos difíceis. Posso contar pelos dedos da minha mão quem são os meus amigos. Se não fossem a minha mulher [Rafaela], irmãos e pais não voltava a competir”, admitiu o vencedor, que conquistou o seu último título há quatro anos em Nice, França.
“A nível de ténis foram ano difíceis, mas pessoalmente foram anos que me fizeram crescer como pessoa”, confessou, antes de se debruçar sobre os seus 13 títulos ATP em terra batida. “Vou lutar para apanhar o Nadal. Só faltam 50 ou 60 mais [faltam 39]. Nem que jogue Challengers ou Futures. Estou em número dois e o número um é um extraterrestre”, sublinhou Almagro.