Alcaraz sem medo: «Seria um sonho derrotar Rafael Nadal em Paris!»
Carlos Alcaraz era um miúdo feliz depois de bater Gastão Elias para chegar às meias-finais do Challenger 125 de Oeiras. O jovem prodígio espanhol, atualmente o 114.º do ranking ATP, vai em busca de mais uma final e explicou como conseguiu dar a volta a uma desvantagem de 5-2 na primeira partida, antes de fechar com os parciais 7-5 e 6-4 no Centralito.
“Estou muito contente por ter chegado às meias-finais. Há muitos jogadores de bom nível e chegar às ‘meias’ dá muita confiança, ainda para mais a derrotar um grande jogador como Gastão Elias. É uma alegria enorme ganhar-lhe em dois sets. A 5-2, queria ganhar o meu próprio serviço para ter uma hipótese de o quebrar e colocar algumas dúvidas. Foi assim que aconteceu. Não é fácil fechar um set e se metes pressão ainda é mais difícil. Só pensava nisso, em meter pressão. Deu-me mais confiança para atacar o segundo set, a ser mais agressivo. Correu-me bem e fiz um grande segundo set”, sublinhou.
Numa conferência de imprensa bem-disposta e sempre com um sorriso no rosto, Alcaraz foi questionado sobre qual seria a vitória de sonho para esta temporada… e o espanhol não tremeu. “Seria um sonho derrotar Rafael Nadal em Paris!”, disse, fazendo alusão ao torneio de Roland Garros que se avizinha.
Sobre o seu estilo de jogo, Alcaraz definiu-se de forma bastante pragmática e confessou que não consegue encontrar alguém com quem comparar-se no seu país. “Tento dominar sempre, estar ao ataque. Sei que o encontro é longo e há momentos em que é preciso defender e que o outro joga melhor do que tu. Há que aceitar isso e aguentar um momento ou outro. Mas tento ser poderoso em court, tento atacar e meter muita pressão no outro. Comparação? Dizem que os jogadores espanhóis são de terra batida e mais defensivos, mas eu tento estar ao ataque o tempo todo (risos). Não sei com quem posso ser parecido”, revelou.
Além de se revelar fã de futebol e golfe, o pupilo de Juan Carlos Ferrero falou ainda sobre o controlo mental que tenta ter dentro de campo. “Desde pequeno chateava-me muito, atirava a raquete ao chão, mas com o passar dos anos tenho ficado mais calmo. Estou a trabalhar a nível mental, não mostrar ao outro as minhas debilidades, que estou mal. A partir daí começar a atacar”, rematou.