Adolescente de 17 anos fura 'qualifying' em Brisbane
“Eu iria pensar que estavam a gozar”, afirmou Oliver Anderson, 813.º do ranking, quando questionado sobre o que diria se lhe garantissem há um dia que dali a algumas horas teria lugar marcado no quadro principal do ATP 250 de Brisbane.
Fora de brincadeiras, que o assunto é sério, o jovem de 17 anos, natural de, imagine-se, Brisbane, portou-se como um verdadeiro homem de barba rija diante do norte-americano Tim Smyczeck (109.º ATP), e impôs-se por 6-7(3), 7-6(1), 6-2, para marcar presença pela primeira vez na sua carreira no quadro principal de uma prova ATP.
“Agora que aconteceu é uma sensação muito boa. O meu principal foco agora é o encontro do quadro principal”, disse o adolescente, que confessou não ter colocado as suas “esperanças demasiado altas” e, por isso, não pode deixar de estar “surpreendido” pela forma como se portou.
Preocupado principalmente em “aproveitar enquanto dura”, o adolescente australiano contou com o apoio do seu público no court 2 do Queensland Tennis Centre na madrugada deste domingo e do seu recente treinador. Anderson conta com a orientação do antigo jogador da Taça Davis Wayne Arthurs há cerca de duas semanas. “Estamos a dar-nos bem até agora. Ele ajudou a melhorar o meu serviço… ele tinha um grande serviço, é ideal tê-lo comigo”, sublinhou.
A primeira grande prova de fogo da carreira de Anderson acontece diante do croata Ivan Dodig, número 87 da tabela classificativa. O vencedor do embate entre os dois qualifiers vai medor forças com Milos Raonic.
A jogar em casa… e não só
Durante esta semana, Anderson esteve duplamente em casa. O australiano dormiu na sua própria cama e tomou o pequeno almoço sentado à mesa que tão bem conhece, ainda que o apetite se tenha alterado nos últimos dias. “Estava muito nervoso para conseguir comer. Vou dormir bem esta noite, estou exausto”, rematou.