Roger Federer: «Se o Rafa estiver em forma, será difícil batê-lo»
No seu primeiro torneio após a conquista de Wimbledon no mês passado, Roger Federer admitiu perante os jornalistas em Montreal que está a ter uma das melhores temporadas da carreira e que as sensações continuam a ser boas, mesmo nesta fase da temporada. A questão da liderança do ranking também não foi deixada de parte, com o suíço a desejar as rápidas melhoras a Stan Wawrinka e a Novak Djokovic, jogadores que não estarão nessa contenda devido a lesão.
“Espero que o Stan e o Novak recuperem o mais rápido possível, não gosto de os ver assim, e o mesmo aplica-se ao Andy (Murray) e ao Marin (Cilic). O importante é manter uma atitude positiva durante este período difícl. Espero que encontrem a força que necessitam. Se voltarem a 100%, perder seis meses numa carreira de 15/20 anos, não é nada”, salientou Federer que, de seguida, comentou o ‘apertado’ calendário ATP.
“Se compararmos com o passado, eu tive que ganhar seis encontros para conquistar um Masters 1000 e em torneios como Gstaad, Basileia ou Viena, a final era à melhor de cinco sets. Acredito que podíamos reduzir um pouco a pressão sobre os jogadores. Tantos encontros criam muita pressão no corpo. E a partir dos 30 anos, é normal ter problemas físicos, sentes-te mais cansado”, analisa o suíço.
Sobre a sua temporada até agora, Federer não esconde que perder a temporada inteira de terra batida foi um enorme risco. Contudo, foi compensado pelos excelentes resultados em relva. “Sempre joguei na terra batida desde 1999, foi um pouco estranho não jogar. E não estava seguro de não pagar a fatura por isso mais tarde. Mas a temporada não podia estar a correr de melhor forma, estou muito feliz”.
Por fim, acerca de uma possível final contra Rafael Nadal em Montreal, Federer adota um discurso cauteloso. “Podemos encontrar-nos na final. Talvez possamos ter mais facilidades este ano, uma vez que o Novak, o Stan, o Andy e o Marin não estão. Mas continua a haver jogadores muito bons”, refere, não fugindo da análise ao tão desejado encontro. “Só posso controlar a minha secção do quadro, não a do Rafa. Não o vejo jogar desde Wimbledon e não sei a que nível está. Se estiver em forma, será muito difícil de batê-lo”.