Tsitsipas: «Ser uma celebridade não mudou a minha personalidade»

Tsitsipas: «Ser uma celebridade não mudou a minha personalidade»

Por José Morgado - junho 7, 2020
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Stefanos Tsitsipas, número seis do ranking mundial, já é uma das estrelas do circuito aos 21 anos. O campeão das ATP Finals de 2019 é um rapaz nem sempre unânime pelas suas opiniões, vídeos e posts nas redes sociais, mas assegura que a fama e notoriedade que ganhou ao longo dos últimos anos nunca mudou a sua personalidade.

Eu sou a mesma pessoa de há seis anos. O sucesso, ganhar títulos como as ATP Finals ou ser uma celebridade não é algo que tenha mudado a minha personalidade. Só me preocupo em seguir o meu caminho, ser fiel ao meu ténis, compartilhar tudo com a minha família e acreditar em quem sou, tentando melhorar dia após dia. Esse é o meu principal objetivo, ser melhor do que ontem. Ao mesmo tempo, tento ser eu mesmo e ajudo as pessoas que precisam. Alguns podem criticar a minha personalidade, mas é muito difícil tentar satisfazer a todos e fazer o que pedem. Estou sempre ciente do que as pessoas escrevem nas redes sociais, tento criar algo pelo qual as pessoas se lembrem de mim”, confessou durante uma interessante entrevista para o ‘El Tiempo’.

Tsitsipas, campeão do Millennium Estoril Open em 2019, refletiu ainda sobre a forma como ténis tem evoluído. O ténis atualmente tornou-se num jogo muito rápido, com grandes jogadores muito agressivos. São todos muito poderosos na troca de bolas. Não podemos fazer nada quanto a isso. Por exemplo, quando se jogar alguém como o John Isner, que tem um serviço muito poderoso. Às vezes é frustrante não ter a chance de jogar. No meu caso, eu tento sempre fazer ajustes táticos, mas contra jogadores assim é difícil de fazer alguma coisa. O nosso desporto é estranho a esse nível, uma única pancada pode fazer-nos ganhar ou perder um encontro”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt