Treinador de Halep critica desigualdade de prize money nos circuitos

Treinador de Halep critica desigualdade de prize money nos circuitos

Por Tiago Ferraz - março 3, 2020
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O treinador da tenista romena Simona Halep deixou duras críticas à diferença existente de prize money entre os torneios ATP e WTA. Darren Cahill criticou o sistema de distribuição do dinheiro nos torneios das duas variantes.

Para se ter uma ideia, um tenista que passe dos oitavos de final para os ‘quartos’ recebe quase o dobro do que recebeu na ronda anterior relativamente ao prize money enquanto que nos torneios WTA não acontece o mesmo.

Um tenista que chegue aos quartos de final num torneio ATP recebe cerca de 339 939 reais (68 323 euros) sendo que o semifinalista recebe  mais de 636861 reais (128 mil euros), ou seja, quase o dobro.

Já no circuito feminino o cenário é diferente: Uma tenista que chegue aos quartos de final de um torneio WTA recebe cerca de 218 921 reais (44 mil euros) enquanto que se chegar às meias-finais recebe pouco mais de 885 635 reais (178 000 euros) ou seja quase quatro vezes mais.

Cahill é da opinião de que o dinheiro está a ser muito mal distribuído:

«Os torneios ATP e WTA têm determinado valor percentual de distribuição de dinheiro que dá muito dinheiro aos jogadores de topo. No Dubai existe esta anomalia, que não é muito comum, mas necessita de ser mudada. Normalmente, os torneios dão muito dinheiro aos tenistas de topo o que não é nada bom», salientou, citado pelo Punto de Break.

Outra situação em que os valores são ainda mais díspares é no caso dos Grand Slam. Um tenista que perdeu na primeira ronda do Australian Open de 2020 amealhou cerca de 402 561 (80 909 euros) enquanto que o vencedor do torneio, Novak Djokovic, levou para casa cerca de 149 milhões de reais, 3,5 milhões de euros.

 

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Jornalista de formação, apaixonado por literatura, viagens e desporto sem resistir ao jogo e universo dos courts. Iniciou a sua carreira profissional na agência Lusa com uma profícua passagem pela A BolaTV, tendo finalmente alcançado a cadeira que o realiza e entusiasma como redator no Bola Amarela desde abril de 2019. Os sonhos começam quando se agarram as oportunidades.