O que ainda motiva Mischa Zverev: «Não é como se tivesse ganho 25 Grand Slams...»

O que ainda motiva Mischa Zverev: «Não é como se tivesse ganho 25 Grand Slams…»

Por Bola Amarela - abril 8, 2021

Tiago Cação Mischa Zverev protagonizaram o encontro mais emocionante do dia no Oeiras Open II, com o português a sair por cima de uma intensa batalha apenas decidida no tie-break do terceiro set. No final, o experiente alemão, de 33 anos, esteve na sala de imprensa a analisar o encontro e a falar sobre o que ainda lhe dá força para continuar a lutar, mesmo que agora seja o número 280 do ranking ATP.

“Foi um encontro muito apertado. Não consegui ganhar os pontos importantes. Talvez porque tenha escolhido a tática errada, noutras vezes foi a execução. Ele jogou bastante bem, sabia como colocar-me em problemas e fez um bom trabalho. Já vi o Tiago jogar alguns Futures em Portugal e penso que ele joga muito melhor em terra batida. Tem mais tempo para preparar a direita, joga alto por cima da rede e torna difícil apanhar a bola na subida. É muito diferente e é preciso ajustar o meu jogo”, considerou o irmão mais velho de Alexander Zverev.

Mas, afinal, o que motiva Mischa? Ou melhor… O que sente ao entrar em campo nestes escalões mais baixos do que aqueles que já alcançou? “É um jogo de ténis. Vou jogar. Não é como se já tivesse ganho 25 Grand Slams e agora esteja a jogar interclubes. Vou para lá, tento divertir-me, tento concentrar-me. Conheço o adversário, mas não me interessa se é número um ou número 500. Em qualquer dia, qualquer jogador pode jogar bem e estou à procura de melhorar sempre que posso”, explicou.

Rendido ao Complexo Desportivo do Jamor e a Portugal, Mischa Zverev admitiu que, nesta altura, até prefere jogar a este nível do que no circuito ATP. A explicação é fácil. Não dá para escolher muitos torneios agora. Se quero jogar ténis agora, tem de ser em terra. Não me importo nada de jogar Futures e Challengers porque no ATP há bolhas e não estou a gostar nada disso. Não quero festas nem nada, quero só poder ir correr para a rua, fazer uns alongamentos, sem estar preocupado com regras. Dá para viver uma vida normal e competir na mesma”, admitiu.