Nadal poderia não ter ido à terra batida: «Pensei em parar para regenerar o meu corpo»

Nadal poderia não ter ido à terra batida: «Pensei em parar para regenerar o meu corpo»

Por José Morgado - junho 10, 2019

Rafael Nadal, número dois mundial e 12 vezes campeão de Roland Garros, deu esta segunda-feira uma longa entrevista ao jornal espanhol ‘As’, um dos muitos que esteve com o campeoníssimo em Paris, onde conquistou mais um troféu para o seu palmarés. O maiorquino de 33 anos não escondeu que viveu uns últimos meses muito difíceis e admitiu que chegou a pensar… parar.

“Toda a gente sabe os problemas pelos quais passei nos últimos 18 meses. Depois de Indian Wells [desistiu nas meias-finais] tive uma quebra física e anímica. Na minha cabeça havia várias alternativas. Cheguei a pensar em parar para regenerar o meu corpo. A outra opção era seguir em frente, mas com outra dinâmica. Por momentos não vi a luz. Era preciso um câmbio de chip”, confessou de forma honesta o balear.

O espanhol admitiu que não foi nada fácil voltar ao trabalho em Maiorca, em março. “É difícil, porque tinha uma pequena rotura e sabia que tinha de parar mais umas semanas, deixar de jogar ténis e depois regressar. E nunca se regressa perfeito. Há sempre dores. Não me canso de sofrer em campo, o ténis é a minha paixão. A vida é assim, não apenas o ténis: é uma acumulação de dores. De dor em dor…”

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt