Murray: «Dou por mim a questionar-me se isto vale mesmo a pena...»

Murray: «Dou por mim a questionar-me se isto vale mesmo a pena…»

Por Pedro Gonçalo Pinto - julho 3, 2021
murray

Pela primeira vez em algum tempo, Andy Murray mostrou a parte fraca. A tentar recuperar as melhores sensações depois de estar praticamente com a carreira acabada, o britânico trabalhou muito para chegar a Wimbledon e perdeu em três partidas com Denis Shapovalov, algo que o deixou abalado, ao ponto de colocar em causa se faz sentido continuar a lutar.

“Há uma parte de mim… Trabalhei tanto nos últimos três meses e não correu como eu queria e esperava e dou por mim a questionar-me se isto vale mesmo a pena…”atirou o britânico em conferência de imprensa, claramente frustrado com aquilo que se passou em campo. “Tenho de encontrar maneira, com a minha equipa, de treinar com mais regularidade e intensidade. Sei que posso fazer muito melhor doq ue esta noite, mas se passar algum tempo sem conseguir treinar com normalidade tenho de pensar se continuo no circuito. Por muito que trabalhe no ginásio, é impossível jogar como quero se não tiver tempo para competir”, acrescentou.

Murray confessou toda a tristeza e a dor que sentiu por perder da maneira como tudo aconteceu. “São dois anos a esforçar-me muito e claro que perder um encontro como este desta forma dói muito. Para poder competir com alguém como o Denis tenho de estar perfeito, até nos meus melhores tempos teria de ser assim. Se não estou fresco a nível físico é impossível competir. Se me esforço tanto como tenho feito é para ter um melhor rendimento do que o que mostrei neste torneio. Tenho de jogar encontros de alto nível para ganhar ritmo, mas também preciso de trabalhar muitos aspetos do meu ténis”, apontou.

Ainda assim, o britânico leva alguns pontos menos maus. “O mais positivo desta semana é que passei uma semana com muita atividade tenística e não me lesionei. Houve momentos em que joguei bom ténis, mas noutros foi tudo ao contrário. O meu maior erro foi não fechar o encontro com Basilashvili em três sets, não há desculpa para isso”rematou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt