João Fonseca após queda na estreia em Estoril: "A pressão é a mesma de jogar no Brasil"

João Fonseca após queda na estreia em Estoril: “A pressão é a mesma de jogar no Brasil”

Por Rodrigo Caldeira - abril 30, 2025
Fonseca

João Fonseca voltou ao Estoril Open e perdeu novamente na primeira rodada. O jovem brasileiro de 18 anos regressou ao torneio, desta vez um Challenger 175, melhor ranqueado do que o ano passado, mas isso não foi o suficiente para vencer Jesper De Jong, o atual número 93 do ranking mundial.

O holandês de 24 anos teve uma atuação incrível e levou a melhor em dois sets com parciais de 6-2 e 7-5 sobre a jovem promessa brasileira de apenas 18 anos. Depois do jogo, em declarações aos jornalistas, Fonseca, 65º do mundo, mostrou-se triste por perder novamente na estreia, mas espera voltar pois afirma ter um grande carinho por este torneio, que ano que vem volta a ser um ATP 250.

SURPREENDIDO NA PRIMEIRA RODADA

Eu sabia como era o jogo dele, provavelmente as melhores jogadas do jogo foram dele. Mas eu continuei focado. O público ajudou-me a acreditar que eu conseguia virar, eu tentei deixá-lo mais tenso, mas ao mesmo tempo ele serviu muito bem.

DORES NO OMBRO DIREITO

É normal na vida de um jogador, vamos tendo umas lesões. Mas não é uma lesão, é só um desconforto, conseguimos ver o Nadal jogando durante 15 anos com dores no pé e fez uma grande carreira.

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APOIO DO PÚBLICO E POSSÍVEL RETORNO A ESTORIL

Espero voltar sim, disseram-me que para o ano que vem vai ser depois Wimbledon e é uma temporada que alguns jogadores jogam em saibro. Eu gosto de jogar no saibro, mas ao mesmo tempo começa o piso rápido, que é uma temporada boa para mim. Mas gosto muito de jogar aqui, sei que o público é parecido com o Brasil, há muitos brasileiros em Portugal e ter esse carinho desde o ano passado é muito bom. Este torneio acreditou em mim quando eu ainda não era tão bom, por isso tenho um grande carinho, é triste perder dois anos seguidos na primeira rodada, mas a pressão é a mesma de jogar no Brasil e acho que o começo do jogo de hoje e do ano passado refletiu bem essa pressão.

GANHAR RITMO NO SAIBRO

Eu joguei sete meses na quadra rápida, o títuo em Buenos Aires foi uma grande surpresa até para mim, porque só tive três dias de preparação no saibro. Então foi uma semana de sonhos onde joguei muito bem. Mas preciso de mais ritmo, acho que aprender a adaptar-me, eu sei as jogadas, eu sei o que tenho que fazer, mas estou com a cabeça no piso rápido. Agora é preparar para Roma.

Apaixonado por desporto no geral, o ténis teve sempre presente no topo da hierarquia. Mas foi precisamente depois de assistir à épica meia-final de Wimbledon em 2019 entre Roger Federer e Rafael Nadal, que me apaixonei e comecei a acompanhar de perto este fabuloso desporto. Atualmente a estudar Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa.