Isner emociona-se em conferência de imprensa ao recordar o recém falecido amigo

Isner emociona-se em conferência de imprensa ao recordar o recém falecido amigo

Por José Morgado - novembro 15, 2018

John Isner, número 10 mundial e a fazer a sua estreia nas ATP World Tour Finals aos 33 anos, passou nos últimos dias por um momento complicado, ao receber a notícia de que um dos seus melhores amigos, antigo treinador e parceiro de quarto durante muitos anos nos Estados Unidos, faleceu com apenas 35 anos, vítima de doença terminal. A notícia chegou depois da derrota com Novak Djokovic, na segunda-feira, e Isner admite que não foi fácil subir ao court para defrontar Marin Cilic, onde voltou a perder.

“Quando deixei a faculdade trabalhei e vivi exclusivamente com o Kyle durante sete anos. Vivíamos juntos e era uma pessoa muito importante na minha vida. É devastador, para mim e para todas as pessoas que gostavam dele. Ter de subir ao court e jogar… é duro, muito duro”, admitiu Isner, muito emocionado, perante os jornalistas.

Nas redes sociais, Isner deixou um poste emocionado ao amigo ainda antes do encontro face a Isner. “Amo-te irmão. Foste embora mas nunca serás esquecido”, pode ler-se na parte final do longo texto, acompanhado de uma foto.

 

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RIP Kyle. It’s hard to explain how much I loved you and how instrumental you were in making me who I am today. My heart and everyone who knew you is absolutely broken. You touched so many lives in the best possible way. You were a stud Florida Gator football player, me a Georgia Bulldog tennis player. Despite our crazy differences, we forged an inseparable bond. You were the most knowledgeable strength coach ever and the years we spent in the gym together allowed me to compete at the highest level. You were the best damn chef I’ve ever seen. I will miss so much the wings we’d cook together on NFL Sunday. More than anything, you were a friend, the best friend I could ever ask for. Kyle Steven Morgan, I love you bro. Gone but never forgotten.

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Cilic confessou em conferência de imprensa que não sabia e elogiou o americano. “Não fazia ideia. Lamento muito, mesmo. Crédito para ele por ter conseguido jogar tão bem tendo em conta as circunstâncias. “

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt