Fisioterapeuta de Shapovalov diz que canadiano tem corpo perfeito para o ténis

Fisioterapeuta de Shapovalov diz que canadiano tem corpo perfeito para o ténis

Por José Morgado - dezembro 17, 2019
shapovalov

Stefano Di Pirro, fisioterapeuta italiano, conheceu Denis Shapovalov em outubro de 2016, quando trabalhava com Dominic Thiem e a equipa do austríaco convidou o canadiano para se juntar para umas semanas de treino. O miúdo, então com 17 anos, impressionou o transalpino, com quem passaria a trabalhar a tempo inteiro no ano seguinte. A relação cresceu e a evolução física e tenística de Shapo tem sido evidente, culminando em 2019, agora já com 20 anos, em finais no Masters 1000 de Paris e nas Davis Cup Finals.

Di Pirro explica que as condições físicas de Shapovalov são ideais para a modalidade. O Denis tem um físico explosivo e elástico. Os dois aspectos andam de mãos dadas: é explosivo porque é elástico. Por enquanto não parece sofrer muitas lesões e isso permite-nos trabalhar com intensidade. No entanto, ainda existem muitos detalhes sobre os quais é necessário fazer com que ele melhore. É um projeto que leva tempo porque alguns problemas devem ser tratados separadamente. Em 2018, o objetivo era melhorar a estabilidade e o equilíbrio. Este trabalho levou-o a perder velocidade e explosividade, tanto que esse foi o foco na temporada de 2019. Na preparação que estamos a fazer agora na Flórida, focamos particularmente nas mudanças de direção”, confessou durante uma muito interessante e detalha entrevista para o ‘SuperTennis’.

pirro-shapo

O fisioterapeuta de Shapovalov assume que passa mais tempo com o seu jogador do que qualquer outro elemento da equipa técnica. Sim, provavelmente sou a pessoa com quem o Denis passa a maior parte do tempo. Temos uma personalidade semelhante, entendemos-nos bem e gostamos de passar tempo juntos. Compartilhamos a paixão pelas séries, pelos videojogos, criamos vídeos e fotos para as redes sociais, saímos à noite como bons amigos, sem falar em ténis. Denis é uma pessoa com quem eu gostaria de partilhar experiências, mesmo que ele não fosse meu jogador”, assumiu.

O papel dos fisioterapeutas e preparadores físicos é, para Di Pirro, cada vez mais relevante.Não é superior ao do treinador, mas é muito importante. O calendário é exigente, o ténis está a tornar-se mais intenso e stressante para o físico. É por isso que muitos jogadores incluem um fisioterapeuta a tempo inteiro na equipa, para evitar lesões e dores. Os jogadores são sempre mais resistentes e mais contínuos no desempenho. São mais consistentes…”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt