Elias: «Nadal e Djokovic jogaram 50 vezes, eu e o Pedro é todos os dias desde os 12 anos»

Elias: «Nadal e Djokovic jogaram 50 vezes, eu e o Pedro é todos os dias desde os 12 anos»

Por José Morgado - outubro 13, 2020
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Gastão Elias assumiu no final do encontro da primeira ronda do Lisboa Belém Open diante de Pedro Sousa — que perdeu em três sets — que o duelo desta terça-feira voltou a não ser bom termos de qualidade, tendo em conta os nervos com que os dois estavam.

“Estava muito nervoso e nenhum dos dois jogou bem. Era ver qual dos dois cometia menos erros e se mantinha fiel à tática de cada um. Foi um encontro muito complicado porque nenhum de nós fez o seu jogo, estávamos a jogar como achamos que o outro se incomoda mais e andámos os dois nisto o tempo todo. Ele mereceu ganhar, foi melhor e mais ofensivo — houve momentos em que me deixei ficar demasiado defensivo”,assumiu em conferência de imprensa.

Elias assume que para ele nunca será fácil defrontar um grande amigo. “Será sempre tenso jogar contra o Pedro, é muito difícil abstrair-me de quem está do outro lado da rede. O Djokovic e o Nadal já jogaram mais de 50 vezes um contra o outro, mas nós jogamos praticamente todos os dias desde os 12 anos, menos nestes últimos anos em que eu andei menos por cá. São muitas, muitas horas de treino, quer neste court, como naquele ali em cima e muitos outros. Não há milagres, é quem sofrer menos ganha. Nos treinos a qualidade é muito mais elevada, aí não há stress. Esses é que são bons de ver.”

Recentemente de volta aos títulos, no Porto Open, Gastão Elias assegura que continua de olho em objetivos de ranking e torneios condizentes com a sua qualidade. ““Não estou muito preocupado com o ranking, com tempo estou de volta aos Challengers e depois aos ATPs. Acredito plenamente nisso, não jogo para voltar a ser 150.º. Para isso não andava aqui a sofrer e a perder tempo, acredito que ainda posso fazer coisas bonitas.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt