Desde o medo em campo ao aprender com as derrotas: o enorme discurso de Nadal na sua Academia

Desde o medo em campo ao aprender com as derrotas: o enorme discurso de Nadal na sua Academia

Por Nuno Chaves - abril 16, 2019

Numa palestra para os alunos da sua academia, em parceria com o canal Movistar +, Rafa Nadal falou sobre vários temas pertinentes e que têm marcado a carreira do número dois mundial.

Nadal admitiu não sentir medo quando pisa um court de ténis. “Diria que não. O que senti às vezes é não conseguir dominar os nervos e ter nervos incontrolados num desporto desta exigência é algo que aproxima o medo”, admitiu.

Sorte é uma palavra que não entra no vocabulário do maiorquino. “Não acredito na sorte no ténis. Um jogo de ténis não se determina pela sorte. No final, a sorte vai sempre para quem mais trabalha, a quem está melhor preparado e isso não é sorte. Em court nunca penso na sorte que o meu rival teve ou no azar que eu tive. Simplesmente me foco em procurar soluções para os problemas que vão surgindo”, confessou o espanhol.

E como é que Nadal lida com a derrota? “Neste desporto tens de aprender a evitar a euforia na vitória e a catástrofe na derrota porque no dia seguinte tens outro jogo e outros objetivos. Temos de aprender com as derrotas. Se chega o momento em que não te importa perder é aí que percebes que estás a levar isto como um trabalho e perdeste a paixão. Isso comigo nunca aconteceu. Passaram os anos e sei desfrutar mais dos torneios”, explicou o vencedor de 17 títulos do Grand Slam

“Uma derrota não tem de ser um fracasso. Só fracassas quando não dás tudo em court, quando te rendes. Vão existir dias em, seja que razões forem, não podes dar 100% mas tens que procurar soluções. Se podes dar 60%, nunca dês 40%. Claro que há momentos em que apetece atirar a toalha porque te sentes cansado, mas a sensação é tão má quando acaba o jogo, que nem te passa pela cabeça fazer isso”, admitiu numa grande mensagem para os mais novos.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.