Como Marcelo Melo e Zverev ficaram amigos: «Foi muito atípico»

Como Marcelo Melo e Zverev ficaram amigos: «Foi muito atípico»

Por Pedro Gonçalo Pinto - janeiro 25, 2021

Marcelo Melo já conquistou o estatuto de lenda do ténis brasileiro. Afinal de contas, falamos de um ex-número um mundial de pares e dono de dois títulos do Grand Slam. Por este dias, o canarinho, de 37 anos, está na Austrália a fazer quarentena para disputar o Australian Open, mas tirou uns minutos para conversar com o Bola Amarela sobre tudo um pouco. Um dos temas inevitáveis foi a relação de grande amizade que tem com Alexander Zverev.

“A primeira vez que tive contacto com o Zverev foi em Roterdão, há alguns anos. Estava à espera para jogar, eu ia entrar num court e ele noutro. Ficámos ali a comentar os jogos que estavam por terminar. Depois disso, em Indian Wells, acabámos por nos cruzarmos no balneário porque ele ia jogar pares e esteve a perguntar-me algumas coisas. Depois foi em Roland Garros, em que ficámos no cacifo perto um do outro, conversámos um pouco e foi aumentando. Em Pequim, onde acabou por haver mais proximidade entre nós, estávamos outra vez perto um do outro no balneário”começa por contar-nos diretamente de Melbourne.

Mas então… Escolhiam os lugares no balneário? É coincidência que em todos os torneios tenhamos um cacifo próximo, mas isso é aleatório. Cruzamo-nos muitas vezes com os mesmos jogadores durante o ano, mas foi muito atípico ter sido sempre ao lado um do outro durante esse tempo. Fomos falando sempre cada vez mais e acabámos por nos tornar grandes amigos. A família dele são todos muito boas pessoas, gente fina, os pais e o irmão. Assim começou e vai até hoje. Acabei a jogar um par com ele, três vezes contra”revela.

À conversa com um jornalista português, Marcelo Melo também falou sobre o facto de conhecer bem pelo menos um tenista luso. E torce para que mais apareçam em grande nível. “São excelentes jogadores os portugueses! O que conheço melhor e com quem mais converso é o João. É um excelente jogador, joguei pares contra ele algumas vezes. Representa muito bem Portugal e espero que outros jovens surjam por aí para serem bons profissionais por Portugal, que é um país logicamente muito próximo do Brasil”, acrescentou.

 

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt