Ex-top 3 e os casos de doping de Sinner e Swiatek: "Você não chega ao número 1 por doping"

Ex-top 3 e os casos de doping de Sinner e Swiatek: “Você não chega ao número 1 por doping”

Por Pedro Gonçalo Pinto - dezembro 11, 2024

Os casos de doping de Jannik Sinner e Iga Swiatek continuam a dar o que falar, e agora foi a vez de Nikolay Davydenko emitir sua opinião sobre o tema. O ex-tenista russo, que chegou a ser número três do mundo, saiu em defesa do líder do ranking ATP em primeira instância.

“Sinner está jogando muito bem, é excelente. Gosto das suas táticas em quadra, não é doping. Vi-o em 2019, e comparando agora, a diferença é muito grande. Jannik começou a jogar de outra maneira, a tática mudou seriamente, o que faz com que muitos não tenham tempo para jogar contra ele. Metade dos tenistas dizem que ele está ganhando por causa do doping. Devo dizer que o Mariano Puerta me venceu pelo doping em Roland Garros em 2005? Eu fiquei morto fisicamente e ele não, mas não sei se o doping o ajudou com isso. Não vou gritar para a imprensa que é algo ruim. Por exemplo, Nick Kyrgios. Está sempre gritando, é um showman. Diz todo tipo de bobagens dentro e fora de quadra e continua. Vamos voltar a ouvir falar dele novamente”, disse ao Match TV.

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Davydenko falou de forma mais específica também sobre Swiatek, dando um exemplo. “Você vai à farmácia, compra um medicamento para os brônquios e há salbutamol, que é considerado doping. É preciso estar sempre em contato com um médico esportivo, é uma porcaria. Não se torna um melhor jogador por causa de um comprimido. O tênis é tênis, você não chega a número 1 por causa de doping. Antes era mais fácil controlar o doping, agora piorou. Está começando a ser uma loucura. Era mais fácil quando eu jogava. Nós também estávamos sob pressão, mas era normal. Não me preocupava muito, comia e bebia em qualquer lugar, sem pensar que poderia estar me dopando. Não sei por que endureceram tanto o controle, não há nenhum resultado. A ATP precisa resolver isso, porque no geral é uma organização genial e leal aos jogadores”, destacou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt