Andy Roddick: o americano do 'serviço bomba' que foi feliz no US Open

Andy Roddick: o americano do ‘serviço bomba’ que foi feliz no US Open

Por Tiago Ferraz - junho 2, 2020
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Novo dia, nova história. Esta terça-feira, o seu site de ténis favorito vira as atenções para um tenista bem conhecido de todos e que marcou uma geração: Andy Roddick.

Nascido a 30 de agosto de 1982, Andrew Stephen Roddick mostrou desde cedo que queria deixar marcas no mundo do ténis e, ainda antes de chegar ao circuito profissional, conseguiu vencer o Australian Open e o US Open na variante júnior corria o ano de 2000. Estas duas conquistas forma o mote para o que seria uma carreira bem sucedida, mas que ficou, na nossa visão, um pouco aquém daquilo que era expectável.

No ano seguinte, em 2001, com apenas 19 anos, Andy Roddick somou os primeiros três títulos na variante singular: o norte-americano venceu os ATP de Atlanta, Houston e Washington. Na variante de pares, Roddick foi ainda feliz no torneio de Delray Beach.

Em 2002, Andy Roddick manteve o seu caminho ascendente e, nesta temporada, foi feliz por duas vezes ao conquistar os títulos nos ATP de Memphis e Houston na antecâmara daquilo que seria a sua temporada mais bem sucedida no circuito ATP: a época de 2003.

Em 2003, Andy Roddick teve, talvez, o melhor ano da sua carreira profissional o que fez com que, entre outros feitos, o norte-americano tocasse o céu ao ser número um mundial a três de novembro de 2003. Para isso ter acontecido, muito contribuíram as vitórias em seis torneios ATP sendo que o ponto alto desta temporada e, porventura, da carreira de Roddick aconteceu, precisamente, no US Open: Roddick venceu o único Grand Slam da carreira após ter batido o espanhol Juan Carlos Ferrero numa altura em que o seu serviço canhão ganhava, literalmente, muita força e num ano em que o norte-americano conseguiu balanço para se tornar num caso sério no circuito ATP. Este ano marcou ainda a altura em que Andy Roddick foi feliz em torneios Masters 1000 e logo em dose dupla: Roddick venceu os Masters do Canadá e de Cincinnati na ‘preparação’ para o sucesso no ‘major’ norte-americano.

Contudo, o domínio de Roddick não durou muito tempo: o norte-americano esteve apenas 13 semanas como número um do mundo uma vez que esta foi a altura em que começou a aparecer no circuito profissional um tal de…Roger Federer (conhecem? Claro que sim) que viria a tornar-se numa das maiores lendas de sempre do ténis mundial.

O estilo de jogo de Andy Roddick era baseado num serviço absolutamente fulminante e usava essa ‘arma’ para resolver a maioria dos seus problemas. Em 2004, Roddick voltou a ter motivos para festejar em torneios Masters 1000 ao conquistar o Masters de Miami numa conquista que viria a repetir anos mais tarde, em 2010. Em 2004 e 2005, Roddick marcou ainda presença na final de Wimbledon mas foi derrotado, em ambas as ocasiões por Federer.

E como não há duas sem três…Roddick perdeu outra vez: em 2009 Andy Roddick ainda marcou presença na final do torneio de Wimbledon, precisamente, diante de Roger Federer, mas encontrou um suíço que esteve a bom nível e que encontrou um bom antídoto para aquele que era o temido serviço de Andy Roddick. No final, Andy Roddick acabou derrotado num encontro absolutamente épico decidido em cinco sets, tudo isto anos depois de Roddick ter perdido mais uma final de um ‘major’, o US Open para…Federer que era um verdadeiro ‘quebra-cabeças’ para o norte-americano.

Ainda assim, neste mesmo ano Andy Roddick teve motivos para sorrir ao vencer o ATP Masters 1000 de Miami na variante de pares ao lado de Mardy Fish.

O último título de revelo de Andy Roddick surgiu já na reta final da sua carreira, em 2010, quando voltou a conquistar mais um torneio de categoria Masters 1000: o Masters de Miami sendo que em 2012 venceu mais dois títulos na variante singular: os ATP de Eastbourne e o de Atlanta.

Ao longo da sua carreira, Andy Roddick venceu 32 títulos na variante singular, aos que juntou ainda mais quatro na variante de pares. Fora dos courts, o norte-americano também deu nas vistas uma vez que, através da sua fundação, deu mais de 10 milhões de dólares para a caridade no sentido de ajudar crianças a ter acesso à educação e às oportunidades.

Além do ténis, Andy Roddick adora ouvir música e ver filmes. O norte-americano anunciou que ia retirar-se de vez do ténis, precisamente, no dia em que completou 30 anos, a 30 de agosto de 2012.

No final, ficamos com a sensação de que a carreira de Andy Roddick foi boa, mas poderia ter sido muito melhor não fosse o facto de ter emergido um talento enorme como Federer. Ainda assim, não podemos negar que Roddick foi protagonista de uma das maiores eras do ténis que antecederam a entrada em cena dos ‘extraterrestres’ Novak Djokovic, Rafa Nadal e Federer.

Andy Roddick terá sempre o seu nome ligado à história da modalidade por tudo o que fez tal como René Lacostevon Cramm e Fred PerryMaria SharapovaGuga KuertenDon BudgeBoris BeckerJohn McEnroeMónica SelesNoahRoland GarrosStan SmithSteffi Graf e muitos mais.

Jornalista de formação, apaixonado por literatura, viagens e desporto sem resistir ao jogo e universo dos courts. Iniciou a sua carreira profissional na agência Lusa com uma profícua passagem pela A BolaTV, tendo finalmente alcançado a cadeira que o realiza e entusiasma como redator no Bola Amarela desde abril de 2019. Os sonhos começam quando se agarram as oportunidades.